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A GLOBALIZAÇÃO E AS CULTURAS REGIONAIS BRASILEIRAS

Por Daniel Bender Ludwig




A globalização é um dos processos de aprofundamento da integração econômica, social, cultural, política. É um fenômeno observado na necessidade de formar uma Aldeia Global que permita maiores ganhos para os mercados internos já saturados e que possibilitou principalmente, o barateamento dos meios de transporte e comunicação dos países do mundo no final do século XX e início do século XXI.


A rigor, as sociedades do mundo estão em processo de globalização desde o início da História. Mas o processo histórico a que se denomina Globalização é bem mais recente, datando (dependendo da conceituação e da interpretação) do colapso do bloco socialista e o consequente fim da Guerra Fria (entre 1989e 1991), do refluxo capitalista com a estagnação econômica da URSS (a partir de 1975) ou ainda do próprio fim da Segunda Guerra Mundial.


Com o final da guerra o mundo inseriu-se em um processo de crescimento de produtividade muito intenso, em conjunto com as inovações tecnológicas. Também a cultura sofreu uma influência ativa destas mudanças.

Neste panorama discutiremos as influências da Globalização nas Culturas Regionais Brasileiras.


As ditas principais características da globalização são a homogeneização dos centros urbanos, a expansão das corporações para regiões fora de seus núcleos geopolíticos, a revolução tecnológica da comunicação e da eletrônica, a reorganização geopolítica do mundo em blocos comerciais (não mais ideológicos), a hibridização entre culturas populares locais e uma cultura universal.


A cultura é vista sob um prisma mais amplo através de suas diversas manifestações de valores, consumo, produção, estilo de vida e tradição. A globalização, neste meio, é percebida em diversas instâncias e formas: como influência de uma padronização cultural com processo de dominação ou exploração, outros entendem como uma assimilação de uma paixão normal entre os seres humanos, outros ainda estudam o processo contrário, onde a grande diversidade ofertada gera uma maior mobilização e envolvimento em busca do local, das raízes, identificações e identidades.


"O processo de globalização leva a sociedade a ver o mundo como um só lugar".

A frase acima é utilizada com freqüência para caracterizar a sociedade contemporânea. Vista isoladamente, sugere que a sociedade tende a se unificar, anulando as diversidades e as culturas regionais.


O processo de globalização estabelece uma nova relação entre as culturas locais e a cultura global. A disseminação da cultura mundializada influencia os padrões de comportamento, ao contrário do mercado e da comunicação, na cultura observa-se o fenômeno de provocação de uma valorização da tradição e um fortalecimento dos regionalismos manifestados na identidade cultural. Este processo se acentua com o atual estado contemporâneo, enfraquecido e sempre assoberbado por inúmeras preocupações urgentes, e não tem como despedir mais recursos e ações culturais que atendam a demanda crescente para este consumo. Retiraria, pois foge do foco e teria que ser melhor explicado os recursos e a demanda.


Muitos ainda questionam que com o fim das barreiras comerciais, políticas e comportamentais verificamos a universalização cultural opressivo como o cinema Hollywood, além de influências na música, a TV que influencia os comportamentos (hippies, punks...) e por fim a moda. E a cultura Regional com suas respectivas identidades onde fica?


A identidade cultural é vista como uma forma coletiva característica de um grupo social que partilha as mesmas atitudes e, está apoiada num passado com um ideal coletivo projetado. Ela se fixa como uma construção social estabelecida e faz os indivíduos se sentirem mais próximos e semelhantes. Como exemplos, no RS, vêem-se mantidos e fortalecidos Grupos Folclóricos Germânicos e Italianos e o Movimento Tradicionalista Gaúcho.


O processo de revalorização das particularidades e dos localismos culturais é inegável no atual momento histórico social. Ao mesmo tempo em que são incorporados costumes e valores de outras culturas aos hábitos do cotidiano, em todas as latitudes, os localismos voltam a ser valorizados. Há uma busca das particularidades e o senso de diferença se intensifica cada vez mais em todas as regiões do planeta.


A globalização que rompe barreiras, que provoca a universalização das culturas, acaba por fortalecer as culturas regionais que neste cenário, diferencia-se, preserva e salientar-se em meio à homogeneidade cultural do atual mundo globalizado.


Bibliografia:


Coelho, Teixeira. Dicionário crítico de política cultural. São Paulo : Iluminuras, 1999.

Valiati, Leandro; Florissi,stefano. Economia da Cultura. Porto Alegre: 2007.

Site: wikipédia




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